Aumento da violência contra mulher é tema de live

07 | 05 | 2020
Mariane Peres
Mariane Peres

A violência contra mulheres aumentou, absurdamente, desde o início da quarentena. De acordo com os dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), a quantidade de feminicídios registrados em março deste ano cresceu 150% se comparado ao mesmo mês de 2018. Números tão preocupantes levaram a Toledo Prudente a disponibilizar uma live, gratuita, com o tema “A pandemia da violência: os reflexos do isolamento social na violência contra mulher”.

O assunto, de grande relevância, foi escolhido após os crimes contra as mulheres dispararem nas primeiras semanas de março durante o combate ao Coronavírus (COVID-19). No Estado de São Paulo, após o início do período de isolamento social, os atendimentos da Polícia Militar a mulheres vítimas de violência aumentaram 44,9%.

Para explanar o tema, a convite da Toledo Prudente, a defensora pública do Estado do Mato Grosso do Sul e egressa do curso de Direito do Centro Universitário, Thaís Dominato Silva Teixeira, compartilhará suas experiências profissionais. Ela tratará sobre a defesa dos direitos das mulheres e medidas práticas quem podem ser adotadas nessas situações. O foco é conscientizar a todos sobre a gravidade desses crimes e a importância em denunciá-los.

A live gratuita será transmitida através do perfil da Toledo Prudente no Youtube no dia 14 de maio, quinta-feira, das 17h às 19h. Não haverá a necessidade de realizar a inscrição previamente, entretanto, a participação será limitada à cerca de 150 pessoas, por isso, fique atento ao horário e garanta a sua vaga.

Conforme a professora da Toledo Prudente, Fernanda Madrid, uma das idealizadoras do evento, a oportunidade em trazer um assunto tão importante e atual para debate motivou o evento virtual. “Esse aumento nos casos de violência contra a mulher tem sido de grande preocupação a todos aqueles que atuam para combatê-los. Por isso, é importante unir profissionais atuantes nessas áreas de estudos para produzir um debate acadêmico”, disse.

Para a professora Ana Carolina Greco Paes, da Toledo Prudente, que está também à frente da realização do debate virtual, esta é uma forma de lutar contra esses altos índices estatísticos. “A violência contra a mulher é uma triste realidade e o conhecimento é uma das formas de enfrentamento do tema”, pontuou.

Índices preocupantes

No final do mês passado, um relatório divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontou que o total de socorros prestados, a nível estadual, passou de 6.775 para 9.817 na comparação entre março de 2019 e março de 2020.

Outra informação alarmante é que, segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, “a casa é o lugar mais perigoso para uma mulher”. Como referência para o apontamento, o órgão utilizou a pesquisa feita pelo Raio X do Feminicídio em São Paulo, que revelou que 66% dos casos consumados ou tentados foram praticados na residência da vítima.

 

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