Terminou na noite do dia 17 de abril, o 1º Encontro Regional de Mulheres Empreendedoras de Presidente Prudente. A última palestra do evento, que teve início no dia 7 de abril, foi com a advogada, doutora em Direito e membro do Comitê para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres – CEDAW- ONU, Sílvia Pimentel.
A noite do dia 17 foi iniciada com a presidente da BPW – Presidente Prudente, Ivone Souza do Carmo. “Muitas de nós esquecemos os nossos direitos e lembramos apenas os nossos deveres. Está na hora de sabermos mais sobre nossos direitos e hoje é uma excelente oportunidade. Aproveito este momento para agradecer a grande parceria da Toledo que a todo momento ajudou a nossa equipe, nossos sinceros agradecimentos”, ressaltou Ivone.
Além dela, também compuseram a mesa principal, a coordenadora geral do evento, Nancy Scoboza, o coordenador do curso de Direito da Toledo/PP, Sérgio Tibiriçá Amaral e o conselheiro da OAB-SP, Marcos Scorza.
A coordenadora geral também se manifestou. “Guerreiras não medimos esforços para realizar este evento que com certeza será um marco para a BPW – Presidente Prudente. Obrigada pela presença de todos que junto com a BPW acreditaram nesse projeto”, exclamou Nancy.
Em seguida, foi entoado o Hino Nacional e depois foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao jurista Miguel Reali que faleceu no último sábado, dia 15 de abril, aos 95 anos. Depois a doutora Sílvia deu início ao evento. “Realmente é muito bom e satisfatório estar aqui em Presidente Prudente, gostei muito de ter vindo para cá. Começo falando sobre a participação política da mulher que ainda é muito baixa. Temos que, de maneira crítica e corajosa, empreender as dificuldades que encontramos para galgarmos as diferentes posições e por isso vejo que este é o momento. É muito importante que mais mulheres se candidatem, pois não temos os vícios dos que têm ocupado esses cargos por tanto tempo”, discorreu a palestrante que depois destacou as mudanças, do Novo Código Civil que começou a vigorar em 2003, dando ênfase à família.
“Mesmo com as mudanças não houve ainda um saneamento completo no ordenamento jurídico da igualdade entre homens e mulheres e isso é uma obrigação de nossos legisladores, pois qualquer tipo de desigualdade é inaceitável”, afirmou ela que citou algumas das mudanças mais importantes ocorridas com o Novo Código.
Quando perguntada sobre quais as possibilidades de avanço dentro dessa luta feminina doutora Sílvia respondeu. “Seja no Brasil, ou até mesmo no mundo o que tem me preocupado muito é que, em termos de políticas públicas e projetos sociais, temos avançado bem, mas a grande resistência está na mentalidade das pessoas para com as mudanças nas igualdades entre homens e mulheres e, para isso, é preciso de um tempo maior. Sempre escutei e ainda escuto que a educação é que faz um país crescer, mas os brasileiros não foram capazes de ter um grande empenho na educação. Vocês vejam na Coréia o que significou esse grande investimento na Educação”, comentou Sílvia que continuou respondendo as perguntas dos demais presentes.