Comunicamos o falecimento, hoje, dia 16 de fevereiro, do membro do Conselho de Administração da Associação Educacional Toledo e reitor do Centro Universitário Toledo de Araçatuba, Dr. Maurício Leite de Toledo. Em decorrência disso, as aulas da graduação da Toledo/PP foram suspensas agora de manhã e, no período da noite, retornando normalmente amanhã cedo. O corpo será velado no saguão principal da UniToledo, em Araçatuba. Ainda não está definido o local e a hora do sepultamento.
Dr. Maurício Leite de Toledo:
uma história de dedicação ao ensino superior
Dr. Maurício Leite de Toledo teve sua trajetória ligada à educação desde que nasceu, no dia 23 de janeiro de 1924, em Juiz de Fora (MG), filho de Maria do Carmo Leite e do pioneiro do Ensino Superior no interior do Estado de São Paulo, Antônio Eufrásio de Toledo, fundador das Faculdades Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente.
Começou em 1957 a seguir os passos do seu pai. Dos seus 82 anos de vida, cinqüenta foram marcados por amor ao ensino, como ele mesmo revela. “Gosto mesmo é da Educação, a minha vida é essa, não penso em outra coisa a não ser nisso”.
O comprometimento e a sensibilidade política deste educador lhe trouxeram a percepção de novas questões educacionais, evidenciadas, principalmente, quando atuou como vice-presidente da Comissão de Educação, na Câmara Federal.
Participou de outras importantes comissões federais como as de Constituição e Justiça, Trabalho e Legislação Social, Relações Exteriores e Ciência e Tecnologia.
Com sua ampla visão sócio-política, foi membro da Ordem dos Parlamentares do Brasil, deputado federal (1971 a 1974), ficando no mandato seguinte como suplente. Por suas participações em plenário e comissões, foi escolhido pelo Comitê de Imprensa da Câmara como um dos deputados mais atuantes em 1972. Em Bauru, interior do estado, foi responsável pelo jornal Folha do Povo e eleito vereador.
No entanto, sua vida entrelaça mesmo é com a história da educação, principalmente no âmbito do ensino superior brasileiro. O professor Maurício Toledo acompanhou o projeto educacional do pai, Eufrásio de Toledo, foi professor no curso de Direito por vinte anos, diretor da Faculdade de Direito de Bauru, diretor-superintendente da Instituição Toledo de Ensino, entidade mantenedora das escolas superiores instaladas em diversas cidades do interior paulista.
Em 1975, mudou-se para Araçatuba e assumiu a direção das Faculdades Integradas Toledo, que se tornaram Centro Universitário Toledo – UniToledo no final de 2004, fazendo de Dr. Maurício o Reitor da Instituição.
Nas últimas décadas o Dr. Maurício administrou a Instituição ao lado do seu filho Afonso Toledo, que faleceu no ano de 2000. Atualmente, conta com seus netos Marcelo e Bruno Toledo que fazem parte da quarta geração da família Toledo que se dedica ao ensino superior.
Segundo Bruno Toledo, pró-reitor administrativo da Instituição, o Dr. Maurício, com o tempo, se afastou da parte operacional da UniToledo. “Meu avô vinha diariamente à UniToledo, e nesse tempo todo, com sua experiência e seu senso crítico, foi uma referência norteadora em quase todas as decisões”.
Durante toda a vida, Dr. Maurício recebeu as maiores homenagens concedidas em reconhecimento ao seu trabalho e serviços prestados à comunidade, como: Ordem do Mérito Jurídico Militar, do Supremo Tribunal Militar; Medalha Caetano de Faria, pelo Ministério da Justiça; Medalha MMDC, pela Sociedade Veteranos de 32; Medalha Ulisses Guimarães, da Ordem dos Parlamentares do Brasil; Medalha do Tribunal Regional do Trabalho; Medalha da Independência, concedida pela Assembléia Legislativa de São Paulo. Na cidade de Araçatuba recebeu títulos como o de Cidadão Araçatubense em 1992 e a Medalha 9 de Julho em 2000.
Com toda a dedicação voltada à educação, Dr. Maurício Toledo, se despede dos anos de vivência diária com o ensino e deixa a lição que carregou de seu pai. A frase que resume bem as propostas de um educador e importante alicerce da família Toledo, que carrega o espírito dos pioneiros e visionários: “Sejamos eternamente moços!”.
“Você tem que manter o espírito jovem, é isso que vale. Eu tenho o espírito da mocidade, eu gosto muito de conviver com os jovens. A juventude é o que justamente me dá força. O meu pai dizia muito isso, desde o tempo do ginásio, sempre pregou isso. Ele também tinha o espírito jovem, pela luta e convivência com os moços, e eu também me entendo bem com eles. ‘Sejamos eternamente moços’ é a frase que eu recomendo para todos!”.