Pensando também em desenvolver a cidadania em seus alunos, além de formá-los profissionalmente, há seis anos, as Faculdades Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente realizam o Trote Solidário. Uma de suas atividades principais é a doação de sangue, que este ano superou as expectativas, tendo a participação de alunos, professores, funcionários e comunidade em geral. “Não deu tempo de todos os interessados doarem, por isso, marcaremos uma outra data para que essas pessoas doem”, afirmou a assessora de eventos da Toledo, Ana Cristina Libório.
Todo o sangue doado foi entregue para o Instituto RH de Presidente Prudente que atende hospitais da cidade e pacientes de quimioterapia. “Para nós é muito importante esta iniciativa da Toledo, ainda mais nesta época do ano em que estamos com o banco de sangue defasado em função dos meses de dezembro e janeiro terem mais acidentes, acredito que devido as férias, pois mais pessoas circulam pelas estradas. Nosso estoque está crítico e a Toledo nos ajudou e muito, esse é um gesto de solidariedade por parte da diretoria da faculdade e também das pessoas que doaram. A gente só tem a agradecer”, afirmou a bióloga do Instituto RH, Rosângela Akico Tamamaru que informou que, agora, todas as bolsas de sangue doadas vão passar por uma análise, em que serão verificados se a pessoa possui alguma doença como Aids, HTLV, Sífilis, Chagas e Hepatites B e C, para só depois poder utilizar o sangue coletado.
No período da manhã, as doações tiveram início às 8h30 e foram até às 12h30 e, à noite, foi das 19h às 23h. Ao todo, 47 pessoas fizeram a doação, entre elas há as que doaram pela primeira vez e as que já são doadoras. “Muitos não se preocupam em ajudar o próximo, por isso decidi doar para fazer minha parte”, afirmou a estudante do 4º ano B de Administração, Karina Mondini da Silveira Barros que doou pela primeira vez. Kátia Cristina Miyazaki Alves é da mesma sala de Karina e esta foi a terceira vez que ela doou. “Acho que é muito importante ajudar quem precisa, não custa nada”.
A estagiária da Toledo e aluna do 2º ano de Administração, Sheyla Toyota também fez sua parte. “Todos têm que se conscientizar de que a gente pode doar hoje e, amanhã precisar, por isso, quanto mais pessoas colaborarem melhor”, frizou ela que foi a primeira a fazer a doação no período da manhã.
O aluno do 4º ano C de Direito, Fernando Souza Oliveira teve dois bons motivos para fazer a doação. “Primeiro é que quero ajudar quem precisa e, segundo, meu tipo sanguíneo é bom, O negativo e todos podem recebê-lo”.
Para Renata Constantino, do 5º ano C de Direito, esta foi uma ótima atitude da Toledo. “Se todas as faculdades adotassem essa idéia, muitas pessoas poderiam ser ajudadas. Não dói, dá um pouco de medo, mas valeu muito a pena”, comentou.
Gabrielly Sanches Marques, do 3º ano A de Direito, está muito assustada com os últimos acontecimentos e, por isso, decidiu colaborar. “Ainda estou muito chocada com o acidente que matou tanta gente, sei que devem ter muitas pessoas precisando de sangue, quero ajudar, então decidi doar”.
O aluno do 2º ano C de Direito, Ednaldo de Araújo Afonso veio doar e trouxe junto sua mãe e irmã, que não puderam doar, mas aguardam para uma próxima vez. “Eu fui barrada na entrevista, pois estou tomando um remédio, é uma pena, pois queria ajudar. Mas deixo para depois e aproveito para parabenizar a faculdade por esta atitude tão bonita de querer ajudar”, contou a dona de casa Edileuza de Araújo, mãe de Ednaldo. “Eu fui barrada por ter comido um pouco a mais antes da doação, hoje não deu certo, mas sempre que precisar vou doar”, falou Sileide Araújo Afonso, irmã de Ednaldo, que já doou outras vezes.
Ednaldo ficou mais contente, pois ele conseguiu doar. “Estudo de manhã e vim à noite só para fazer a doação, pois sei que todos os dias tem gente precisando de sangue e isso é o mínimo que podemos fazer para colaborar”.
Entre os doadores, estava o professor Oscar Fujita que realçou a importância de a faculdade se preocupar com o desenvolvimento do aspecto social em seus alunos. “Isso estimula cada vez mais o lado sentimental das pessoas, não temos que ser somente racionais, pois o mercado de trabalho exige cada vez mais esse lado emotivo de seus funcionários. Acredito que todas as instituições de ensino deveriam ter essa atitude que a Toledo teve”, discorreu.