O crescimento da economia

26 | 08 | 2003
Assessoria de Comunicação Toledo Prudente
Assessoria de Comunicação Toledo Prudente

A teleconferência As condições para a retomada do crescimento da economia brasileira, promovida na última segunda-feira, dia 25 de agosto, pelo Conselho Regional de Economia – Corecon, na Toledo/PP, reuniu nomes como dos deputados federais Antonio Delfim Netto e Mussa Demes, este, presidente da Comissão Especial de Reforma Tributária, além do diretor da Fundação Getúlio Vargas, Yoshiaki Nakano e do presidente da Ordem dos Economistas de São Paulo, Juarez Rizzieri.
Inserida nas comemorações do Dia do Economista (13 de agosto), a teleconferência teve como mediador do debate o presidente do Conselho Federal de Economia, Carlos Roberto de Castro, e a participação do presidente do Corecon, Synésio Batista Costa.
Durante o debate, foram discutidas as reformas que estão em andamento no congresso, com destaque para a Reforma da Previdência e a Reforma Tributária. “São reformas estruturais para permitir o crescimento da economia brasileira. Porém, a Reforma Tributária apresentada não atende as condições de desoneração da produção e, também, não garante que não ocorrerá aumento da carga tributária, permanecendo então o ônus da carga tributária sobre o empresariado nacional, em relação à competitividade com o resto do mundo”, explicou o coordenador do curso de Economia da Toledo/PP, Walter Dallari.
O diretor da Fundação Getúlio Vargas, Yoshiaki Nakano, destacou que a valorização do Real é um empecilho para o crescimento da economia, sendo necessária sua desvalorização para alavancar as exportações, “e assim gerar um círculo virtuoso na economia brasileira, permitindo ganhos de produtividade. Primeiro no setor exportador e, posteriormente, em setores da economia interna, que seriam contagiados pelo crescimento daquele setor”, disse.
Mas, segundo Nakano, além da desvalorização do Real, o mais importante é que o governo passe a atuar de maneira mais incisiva na taxa de câmbio, diminuindo a faixa de variação da moeda. “Ou seja, o câmbio deve permanecer flutuante, porém com flutuações cada vez menores”.
Walter explicou que o problema do Brasil são as dívidas interna e externa. “Essas têm que ser pagas. Isto é fato. O Real supervalorizado tira a competição das exportações brasileiras e permite importações baratas, prejudicando a indústria nacional. A solução é manter o Real desvalorizado, permitindo a competitividade da indústria nacional e ao mesmo tempo, e promover programas governamentais, por meio de linhas de crédito e fornecimento de infra-estrutura para permitir o aumento da capacidade de produção interna, eliminando os riscos de inflação de demanda”.
Para o delegado do Corecon de Presidente Prudente e região, Álvaro Barboza, a entidade inaugura um novo período na relação com os economistas, os alunos e a comunidade, na medida em que traz para dentro da nossa região, por meio de teleconferências, pessoas de renome nacional, para discutir os problemas relacionados à economia brasileira.
“Com a realização deste debate tivemos um exemplo disso, os palestrantes colocaram enfoques extremamente interessantes para explicar o atual momento que estamos vivendo e as saídas sugeridas para que o governo possa implementá-las. A iniciativa da teleconferência teve excelente receptividade entre os presentes”.
A transmissão da teleconferência foi via satélite, diretamente do Hotel Sofitel, em São Paulo, com interação via internet.

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