Profissionais bem sucedidos, os médicos Emerson Itikawa e Álvaro Alberto Azevedo Fernandes querem mais. Além de buscarem mais e novos conhecimentos, querem entender os problemas que cercam a relação entre a Medicina e o Direito. Para isso, cursam Direito na Toledo/PP.
Calouro no Direito, Álvaro é cirurgião vascular e espera, com o novo curso, discutir processos éticos, estudando bioética e biodireito. Quando era residente cursou Letras. “Gosto de ler”, explica. Com a entrada de tecnologias e a manipulação de transgênico, DNA, Álvaro pretende não só adquirir conhecimentos como atuar na área. Um dos objetivos de cursar Direito é fazer peritagem médica nos conselhos regionais, como perito.
Segundo o cirurgião, a Toledo/PP é uma faculdade respeitada, e já no início do curso, Álvaro confessa que está achando fabuloso cursar Direito. “Hoje existe a indústria do erro médico, que vê paciente e médico como inimigos. Eu quero entender o ato médico com a lei, com a justiça”. Outro objetivo de conquistar um novo diploma, ele diz que é tentar restaurar a dignidade do médico e o próprio ato médico.
Para Emerson, que está no terceiro ano do curso de Direito, “a questão é tentar esclarecer as pessoas sobre os dois lados, ou seja, o da Medicina e o do Direito. É preciso conhecer para poder opinar”. Anestesista, ele busca o entendimento dos problemas do Direito com a Medicina, relativo aos processos, “aos chamados erros médicos, quando, na maioria, não o são”.
Após três anos de faculdade, Emerson diz ter um pouco de conflito. “Na verdade, é pura falta de informação, falta conhecimento dos dois lados, pois a Medicina tenta responsabilizar a justiça por atitudes condenatórias, quando esta está, basicamente, cumprindo seu papel. E, por outro lado, o Direito tem uma visão deturpada da medicina, talvez, americanizada”, diz o médico, que não pretende abrir mão da carreira, mas, que se tiver oportunidade, se engaja na nova profissão.