COMO O APAGÃO DE FALTA DE ENGENHEIROS ATRASA UM PAÍS E UMA REGIÃO II

Afebre que se estabeleceu a partir dos anos 2010 no mercado de geração deenergia solar domiciliar parecia ter seus dias contados. A instalação desistemas fotovoltaicos estava ameaçada pela tributação de novos sistemas apartir de 2022, e aparentemente deixaria de ser tão atrativa. Ocorre que, ospessimistas esqueceram que o brasileiro é um empreendedor nato, e um eternootimista.

Asvendas de sistemas domiciliares e de pequenos geradores fotovoltaicoscontinuaram, praticamente em ritmo inalterado. O que esqueceram nesta equação,é que todo novo gerador, quer seja pequeno, médio ou grande, carece de umpré-projeto, elaborado por um engenheiro. 

Amais importante empresa do segmento na região, a Força e Luz, enfrenta grandesdificuldades para contratar pessoal para estes projetos. Novos desafios estãopor vir, como os sistemas offgrid (não conectados à rede doconcessionário-totalmente autônomos), que estão em franco desenvolvimento (empaíses que possuem investimento em desenvolvimento tecnológico, que possuemengenheiros/pesquisadores o que não é nosso caso...).

Como advento e desenvolvimento das baterias em estado sólido, em especial, comnovos componentes (como é o caso do emprego de em ions de ferro em bateriasmais baratas e duráveis – que em contraponto são mais pesadas, o que para ossistemas offgrid não gera problemas), que apresentam custos muito mais baixos,uma nova revolução se aproxima. Serão necessários projetos para todos ossistemas já instalados, migrando da tecnologia ongrid (conectados ao sistema daconcessionária, funcionando em regime de compensação) será que teremosengenheiros em quantidade suficiente para essa transformação?

“AForça e Luz possui vagas em aberto, há muito tempo, visando a tentativa decontratação de engenheiros projetistas, e se não houver o ingresso de novosprofissionais no mercado, toda nossa luta estará ameaçada”, diz o engenheirocivil Nathan Dias, responsável pela área de projetos fotovoltaicos.