(Re)Visitando o supply chain

04 | 02 | 2021
Douglas Fernandes
Douglas Fernandes

Muitas são as preocupações no mundo empresarial sobre como será o que se convencionou chamar de pós-covid. Ainda com perdas acumuladas, não apenas no período da pandemia, mas principalmente de períodos anteriores, a economia começa a dar sinais positivos, conforme demonstra o IBC-Br, Índice de Atividade Econômica do Banco Central, que serve de prévia do PIB.

O último dado disponível, em setembro de 2020, demonstra o melhor desempenho desde janeiro de 2020 e alguns setores já demonstram resultados melhores do que no pré-covid. No entanto, o grau de utilização da capacidade instalada da indústria foi de 79,30% em setembro de 2020, o que demonstra perspectivas negativas quanto a novos gastos com investimentos na indústria. Logo, temos uma economia dependente do desempenho do agronegócio, que mesmo sendo um setor com cadeias produtivas que geram milhares de empregos, não conseguirá absorver a massa de trabalhadores desempregados.

Naturalmente esta questão já impacta na geração de renda e por consequência no consumo. Na gestão dos negócios o foco é a estratégia de manutenção ao invés de crescimento. O que se observa é um significativo aumento no número de fusões, aquisições e parcerias estratégicas.

A busca por sinergias para resolver “dores em comum”, atendimento diferenciado e redução de custos é o foco no momento. O enfoque da parceria estratégica se aplica perfeitamente no conceito do gerenciamento da cadeia de suprimentos (supply chain), com a busca de maior integração entre os agentes de uma mesma cadeia, desde os fornecedores de insumos até o varejo, com foco no consumidor final (cliente do meu cliente).

Não se trata de um novo conceito, porém pouco adotado como estratégia e que tende a ser mais amplamente aplicado como alternativa para otimizar estrutura e fluxo de informações entre empresas. Gestores, pensem sobre isso!

opinião.