A transformação dos espaços residenciais e a atuação do arquiteto e urbanista

21 | 01 | 2021
Luiza Sobhie Munoz
Luiza Sobhie Munoz

Em função do isolamento social e da quarentena, o aumento do tempo de permanência em casa permitiu aos moradores uma nova percepção desses espaços. Se antes as pessoas retornavam para suas casas para descansarem após um dia de atividades intensas, como trabalho e estudo, na quarentena tudo isso passou a ser realizado nesse mesmo lugar.

Na maioria dos casos, as residências não estavam preparadas para que os moradores pudessem realizar todas as suas atividades plenamente. Além disso, a presença constante de todos e o fato de que cada um tem necessidades e atividades próprias é um fator agravante para o convívio saudável.

A ausência de espaços confortáveis para trabalhar e estudar, problemas de privacidade, desconforto térmico, mobiliários inadequados para uma longa permanência, baixa qualidade de iluminação natural e artificial e questões acústicas são algumas das problemáticas enfrentadas pela maioria das pessoas durante o home office.

Apesar do isolamento social ser uma medida temporária, a insatisfação dos moradores e o fato de que muitas dessas transformações nos espaços residenciais foram bem aceitas e não deixarão de, eventualmente, acontecer, são fatores importantes. Assim, a necessidade de adequação e remodelação desses espaços tem aumentado a procura por profissionais da construção civil, em especial os arquitetos e urbanistas, para o desenvolvimento de projetos de reformas, ampliações e de arquitetura e interiores adequados à essa nova rotina e necessidades.

Portanto, ficam nítidos o impacto e reflexo desses fatores na concepção desses espaços e na mudança do entendimento do significado de “morar” que, atualmente, engloba diversas outras atividades, demanda uma série de questões a serem equacionadas e representa um novo desafio para o profissional de arquitetura e urbanismo.

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