A pandemia gerada pela Covid-19 e os impactos nos pequenos negócios

11 | 12 | 2020
Gustavo da Silva Lima
Gustavo da Silva Lima

Nos últimos anos, é notável que o empreendedorismo e o estímulo para o crescimento dos pequenos negócios vêm tomando espaço nas discussões a respeito de sua importância para o crescimento da economia e na geração de emprego e renda. De acordo com o Sebrae, a criação de pequenos negócios vem crescendo nos últimos anos de forma significativa e, com isso, tem gerado grandes reflexos na economia. Atualmente, os pequenos negócios representam cerca de 9 milhões de empresas no Brasil, gerando o equivalente a 52% dos empregos formais e 27% do Produto Interno Bruto.

Neste contexto, as micro e pequenas empresas são de grande importância para a economia do país, no entanto, com a pandemia gerada pela Covid – 19, é possível observar que os pequenos negócios foram aqueles que mais sofreram impactos, com isso, os pequenos empresários também precisaram se adequar para sobreviver neste novo cenário.

Este impacto ocorreu em diversos setores da economia, dentre eles, o comércio varejista, os serviços de alimentação, a construção civil e pequenos negócios que prestam serviços na área da saúde. Vamos conhecer alguns dados importantes que foram extraídos da pesquisa “Covid-19 e Pequenos Negócios: impactos e tendências”, realizada pelo Sebrae.

O Comércio Varejista apresentou faturamento 28% abaixo do pré-crise, diversos segmentos do varejo, sejam de bens duráveis ou não duráveis alcançaram patamares de faturamento semelhantes ao período pré-Covid e alguns estão sofrendo de desabastecimento devido à alta demanda.

Os Serviços de Alimentação apresentaram faturamento 40% menor que antes da pandemia, atualmente, 79% dos negócios ainda registram queda, no final de outubro, a queda nas vendas foi de 26% em relação ao pré-crise.

Já o setor da Construção Civil apresentou faturamento 37,5% acima do período pré-crise, sendo um dos setores que tiveram impactos positivos, tendo em vista a mudança de comportamento dos consumidores e a expansão do trabalho remoto.  

Os serviços da área da Saúde apresentaram faturamento 25% abaixo do pré-crise, o segmento de drogarias e farmácias está com um faturamento médio de 1,7% abaixo de antes da crise.

Diante disso, é possível observar que diversos setores sofreram impactos em decorrência da pandemia, no caso da construção civil nota – se impactos positivos, no entanto, nos outros setores é notável constantes impactos negativos. Neste sentido, algumas ações foram implementadas pelas pequenas empresas, como adaptar o modelo de negócio para a venda online com retirada em loja ou por sistema de delivery, adequar a operação respeitando os protocolos de segurança, higiene e saúde a fim de garantir segurança dos clientes e colaboradores. 

É importante lembrar que com a proximidade das festividades de final de ano, aumentam as expectativas dos empresários quanto ao aumento do consumo, no entanto, é importante reforçar as medidas de segurança a fim de fazer bons negócios e impulsionar a economia com segurança, tanto para quem compra como para quem vende. 

Referências: 

SEBRAE. Participação das Micro e Pequenas Empresas na Economia Brasileira. Disponível em:< https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Estudos%20e%20Pesquisas/Participacao%20das%20micro%20e%20pequenas%20empresas.pdf.> Acesso em 07 de dez de 2020.

SEBRAE. Covid-19 e Pequenos Negócios: impactos e tendências. Disponível em: < https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/4295597c392a7f9b99968b606fc3e7d7/$File/30443.pdf>. Acesso em 07 de dez de 2020.

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