Com exceçãode poucos setores da economia, a grande maioria vivencia uma realidade marcadapor queda nas vendas, dispensa de funcionários e inadimplência. A situaçãoeconômica que enfrentamos é totalmente atípica, pois temos uma retração buscana demanda sem o tempo hábil para adequar a oferta e a estrutura operacional. Oresultado são empresas com estrutura operacional ociosa e com custos não maissuportáveis. Em suma, queda do poder aquisitivo de empresários e trabalhadores,com maior ênfase nos trabalhadores, visto que a maior parte da renda édecorrente da remuneração dos salários.
Diante dissoo questionamento é o mesmo. Por onde começar?
Ainda quetanto se busque receitas e fórmulas para o momento, não pretendo aquiapresentar respostas simples para problemas complexos, más convidar a uma brevereflexão.
Sem dúvidasde que para recomeçar é necessário se reinventar como tanto ouvimos. No entantoo questionamento continua. Por onde começar? Creio que duas palavras: flexibilizare humanizar se bem compreendidas podem nos ajudar a planejar a retomada denossas vidas econômicas. Vamos a elas.
Flexibilizarno sentido de negociar, se abrir ao novo, seja no âmbito de quem vende quantode quem compra. Aqui não me refiro somente a bens e serviços, incluo ainda aoferta de mão de obra, força de trabalho. Flexibilização das negociações, dofortalecimento do pensamento “ganha-ganha”. Ainda que um tanto paradoxal, digoque se trata de uma visão de médio prazo para garantir o curto prazo. Noentanto, flexibilizar sabendo até onde se pode chegar. Assim, se antes asempresas já necessitavam de profissionais em todas as áreas, agora passou a seruma questão de sobrevivência. Somente com profissionais que sabem até onde osnúmeros da empresa suportam, será possível “flexibilizar sem quebrar”.
A segundapalavra, “humanizar” é no seu sentido mais amplo, de se colocar no lugar dopróximo, pois somos o próximo de alguém.
Se nãoassumirmos a segunda palavra, não conseguiremos aplicar a primeira comexcelência.