Com objetivo de reconhecer, analisar e promover soluções para erros estruturais, alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil da Toledo Prudente estão engajados em provocar patologias diversas em projetos.
Um grupo formado por quatro universitários está engajado na produção de um projeto que vai simular o rompimento da barragem na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais.
Bianca Bispo Nogueira Costa, Maryane Beraldo, Débora Ribeiro Rodrigues e Edson de Araújo Junior
(Foto) utilizarão madeira, isopor, areia e água para produzir um protótipo com as dimensões e relevo proporcionais ao de Brumadinho.
“Por meio de pesquisas, detectamos as curvas e relevos existentes no local, passando o projeto para o Autocad e também para o Sketchup, que são softwares que dão subsídios para os projetos. Além disso, estamos fazendo diversas pesquisas em sites de notícias em busca de detalhes para aprimorarmos o nosso projeto”, explicam as alunas.
O professor da disciplina de Patologia das Edificações, Roberto Ito enfatiza que essa produção é de extrema importância, já que retrata uma situação real que chamou a atenção de todo o mundo e agora, o grupo terá a oportunidade não apenas de entender melhor a situação, mas de propor técnicas e soluções para a causa.
Os projetos estão sendo iniciados e deverão ser finalizados até o final do mês de abril, quando no caso da simulação de acidente em Brumadinho, haverá uma situação de tremor no solo que causará o rompimento da estrutura da barragem e consequentemente, uma avalanche de lama tóxica nas proximidades do local.
“Para nós, não se trata apenas de mais um trabalho prático acadêmico, mas de uma busca por respostas por algo que sabemos que chocou não apenas o Brasil, mas o mundo”, explicam as alunas.
O rompimento da barragem em Brumadinho – A tragédia ocorreu no dia 25 de janeiro, em Brumadinho, uma cidade que fica na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
A barragem pertencente a uma mineradora brasileira se rompeu por volta de 12h20, causando o transbordamento de ao menos outro reservatório. Milhões de metros cúbicos de rejeitos da produção de minério de ferro soterraram casas e propriedades rurais da comunidade, além de encobrir a área administrativa da mina, incluindo um refeitório onde almoçavam vários colaboradores da mineradora.
Até o momento foram encontradas 209 pessoas sem vida e 139 ainda estão desaparecidas.