Aos 19 anos, no segundo termo da graduação, ele concilia a rotina universitária com a carreira musical e mostra que disciplina e propósito podem andar lado a lado.
Conciliar a vida acadêmica com a vocação artística parece, à primeira vista, um desafio de proporções quase impossíveis. Mas para Matheo Lobo, estudante de Direito da Toledo Prudente e guitarrista apaixonado, a harmonia entre livros e melodias já faz parte do cotidiano. Aos 19 anos, ele vive intensamente duas paixões: a justiça e a música.
As primeiras notas de uma jornada
O contato com a música começou cedo. Filho de uma família com tradição musical, Matheo encontrou nas cordas do violão seu primeiro caminho, mas foi a guitarra que conquistou seu coração. “O que me interessou, em um primeiro momento, foi a emoção inerente à música. Depois percebi que esse mesmo sentimento poderia ser transmitido às pessoas por meio de uma melodia — e essa descoberta me consolidou nessa trajetória”, relembra.
Influências e referências
Hoje, seu repertório é plural, mas algumas vertentes o definem: o worship contemporâneo, o rock e o fusion. Entre suas principais inspirações, nomes como Mateus Asato, Sefer Dillan e Guthrie Govan — guitarristas que unem técnica, expressividade e criatividade, características que Matheo busca refletir em seus próprios projetos.
Música como propósito
Mais do que hobby, a música é para Matheo um instrumento de transformação. “Ela alcança lugares onde palavras e atitudes muitas vezes não chegam. No meu dia a dia, me anima, me completa e me lembra do meu propósito. Além disso, também é uma forma de tocar e transformar pessoas”, destaca.
O chamado pelo Direito
Ao mesmo tempo, o universo jurídico também sempre esteve presente em sua vida. A afinidade com o curso não veio apenas da convivência, mas do reconhecimento de sua dimensão humana. “O Direito não é só um sistema de normas. Ele me chama atenção por essa possibilidade de ajudar pessoas e colaborar para uma sociedade mais justa”, explica.
A arte do equilíbrio
Entre ensaios, provas e trabalhos, organizar a rotina é essencial. Matheo adota uma metodologia de disciplina: semanas planejadas, horários bem definidos e corte de distrações. “O segredo está em escolhas conscientes e na eliminação da procrastinação”, revela.
Essa organização permite que ele viva a integração entre duas áreas que, para muitos, parecem distantes. “O Direito se torna mais humano quando se abre à sensibilidade artística; e a arte ganha novas perspectivas quando encontra a lógica e a estrutura do Direito. Para mim, um complementa o outro”, diz.
Conselhos para outros jovens
Com propriedade, Matheo incentiva quem também sonha em equilibrar caminhos distintos: “Não é impossível. Quem deseja, encontra tempo. É preciso disciplina, planejamento e clareza de propósito. O Direito sem arte seria vazio, e a arte sem reflexão perde profundidade. O segredo é enxergar como as duas áreas se completam”.
O futuro que ressoa
Seja no tribunal ou no palco, Matheo não quer escolher apenas um lado: ele quer viver os dois. No Direito, mira a magistratura, preparando-se desde já para esse caminho. Na música, planeja consolidar seus projetos — tanto com a banda quanto em trabalhos pessoais. “Busco ser leal às duas vocações, porque acredito que ambas me tornam um ser humano mais completo para servir ao próximo.”