Dando seqüência ao Projeto de Extensão da Toledo/PP Co-Educação: Uma proposta intergeracional que tem como objetivo sensibilizar a comunidade para valorizar as trocas de experiências entre gerações, as alunas do Toledo Aberta à Melhor Idade tiveram uma aula diferente, no dia 14 de junho de 2007, na disciplina de Relações Interpessoais. É que alunos da 8ª série do Ensino Fundamental da Escola Estadual Dr. José Foz vieram participar da aula e, juntos, eles assistiram ao filme Deu a Loca na Chapeuzinho e depois houve uma discussão sobre a história.
No filme, policiais do reino animal recebem denúncias de uma confusão na floresta. A bagunça envolve nada menos do que a Chapeuzinho Vermelho, o Lobo-Mau e a Vovozinha. As denúncias vão desde invasão de domicílio, até perturbação do sossego. Quem estará contando a verdade? E quem roubou as receitas de doces? “O filme nos mostra que cada um tem o seu ponto de vista diante de uma mesma situação e que as pessoas sempre podem enxergar algo além daquilo que já enxergaram. É uma história que gera uma discussão muito positiva na medida em que, tanto os adolescentes quanto ao mais velhos perceberam que é necessário saber ouvir e ver o lado do outro, respeitando o jeito de ser de cada um. Acho esse projeto muito interessante, pois é uma forma de os mais novos verem que os mais velhos também são ativos e que têm o mesmo direito deles de curtir a vida”, ressaltou a professora de Relações Interpessoais, Neli Cacozzi.
Na discussão, foram muito comentadas as diferenças entre gerações e a importância de haver o respeito mútuo. “Os nossos avós já passaram pela nossa fase então é bem mais fácil de eles nos entenderem, mas nós não passamos pela deles, por isso temos mais dificuldades”, disse a estudante Natália Galli. “Todos têm a imagem dos idosos como pessoas acolhedoras e essa cultura não vai ser desmistificada da noite para o dia, mas acredito que lentamente as pessoas vão se conscientizando de que a população mais velha também é ativa e tem muito ainda para viver. Temos que aprender a conviver com as diferenças, sejam elas de idade, raciais, culturais, entre outras”, disse a professora da José Foz, Iracema Néri.
“Só hoje eu percebo o quanto deveria ter conversado mais com meus avós, mas agora é tarde. Por isso digo a vocês: aproveitem mais os seus, conversem com eles, pois pode ser muito importante”, alertou a aluna do Toledo Aberta à Melhor Idade, Edna Donha.
“A gente só consegue se orgulhar do outro, quando conhecemos esse outro. Vamos então procurar conhecer mais nossos avós e os avós mais os netos”, salientou a coordenadora do Toledo Aberta à Melhor Idade, Maria Ângela de Souza Maltempi.
“Desde o ano passado, quando comecei a participar do projeto, fiquei muito surpresa em ver pessoas mais velhas tão ativas. Para mim foi uma surpresa, pois não pensava que podiam ser assim. Acho tudo isso muito legal e quando ficar mais velha quero ser assim”, falou a estudante, Daniele Rodrigues da Silva.