01 | 06 | 2015
Assessoria de Comunicação Toledo Prudente
Cerca de 40 alunos da disciplina de Contabilidade Pública do curso de Ciências Contábeis da Toledo Prudente Centro Universitário realizaram um trabalho sobre o Programa VerdeAzul da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

O programa foi lançado em 2007 e desde então tem como objetivo ganhar eficiência na gestão ambiental através da descentralização e valorização da base, ou seja, das cidades. O Programa visa estimular e capacitar as prefeituras a implementarem e desenvolverem uma agenda ambiental estratégica. Atualmente os 645 municípios do Estado de São Paulo participam do programa.
Essas cidades concentram seus esforços para desenvolvimento da agenda ambiental tendo em vista os seguintes requisitos: Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos, Biodiversidade, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável, Gestão das Águas, Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental. Ao final de cada ano é avaliada a eficácia dos municípios na condução das ações propostas pela agenda. Diante disso, os municípios classificados recebem uma verba do Governo Estadual.
Para Maria Cecília Palácio Soares, professora responsável pela disciplina, o principal objetivo proposto pelo trabalho acadêmico era envolver os alunos com a gestão pública, a responsabilidade social e as discussões em relação às questões orçamentária. “Antes de serem alunos, eles são cidadãos e precisam participar mais de perto das tomadas de decisão das prefeituras, através dos conselhos”, comenta.
Ainda de acordo com a professora, a proposta do trabalho era fazer com que os alunos conhecessem o programa pela ótica das prefeituras. Para isso, eles foram divididos em grupos e foram entrevistar autoridades, secretários e prefeitos. “Para conhecer a Contabilidade pública é necessário um engajamento na gestão, não basta apenas ter contatos com números, é preciso saber de onde e como os recursos chegam e de que maneira eles podem ser gastos”, destaca.
O aluno Guilherme Dias teve contato com uma prefeitura que possui o selo desde 2012. Para eles, todos os envolvidos nas questões ambientais são bem conscientes da importância do selo. Já o discente Danilo Batista, entrevistou uma prefeitura que obteve o selo em 2009 e desde então não foi mais mencionada nos relatórios do Governo. “Essa prefeitura teve muita dificuldade em dar sequência nos trabalhos que já vinham sendo desenvolvido, mas algumas atividades isoladas foram realizadas. Nada suficiente”, conta Batista.
Outro aluno, Pedro Castilho, informou que após a conclusão do trabalho, ficou explícito que a burocracia é algo que afasta as gestões municipais do programa. “O Selo VerdeAzul traduz que aquele município tem ações de responsabilidade social e traz recursos financeiros, mesmo assim, é muito burocrático e o programa acaba ficando em segundo plano”.
Até 2014, das 54 cidades que compõem a 10ª Região Administrativa de Presidente Prudente, 36 já conquistaram o Selo VerdeAzul. Atualmente, 12 municípios aparecem no último ranking do Estado de São Paulo. Na região administrativa, 17 cidades nunca obtiveram o Selo.
Os trabalhos duraram aproximadamente 60 dias para serem concluídos e em seguida foram apresentados em forma de seminários. De acordo com Maria Cecília, muitos alunos que não pensavam em seguir essa carreira. Depois do trabalho eles têm outra visão sobre Gestão Pública e sobre a sua atuação profissional futura.