Mudaram as estações. Tudo mudou!

08 | 05 | 2020
Tarcisio Coelho
Tarcisio Coelho

A pandemia chegou a pouco e já repercutiu drasticamente em diversas esferas macroambientais, como o tecnológico, cultural e financeiro (este o mais grave), prejudicando pequenos negócios locais. Em paralelo, tal crise tem abalado também o fator psicológico de milhares de pessoas que, ao estarem reclusas em suas próprias casas, se veem obrigadas a mudar sua rotina e, consequentemente seu comportamento, como se fossem viver algum tema apocalíptico das bilheterias hollywoodianas – o que, se não for tratada com respeito por todos, pode sim ter sido iniciado.

Muitas dessas pessoas, na iminência de viver este cenário apocalíptico, começaram a estocar mantimentos, trazendo verdadeira escassez de alimentos e recursos aos demais integrantes da comunidade local. Outros produtos, como o álcool em gel e as máscaras descartáveis, estão em falta e com preços astronômicos e inviáveis.

Não é de se espantar, pois nosso sentido de sobrevivência nunca esteve tão aflorado e a extensiva divulgação do problema “CORONAVAYRUS” (como disse Cardi B) nos veículos de comunicação online e off-line, contribuem, cada vez mais, para esse comportamento. Com isso, bens duráveis e semiduráveis como eletrodomésticos, roupas, móveis e etc, tendem a ter suas compras adiadas ou canceladas e produtos de necessidade básica como alimentos, remédios, produtos de higiene e limpeza dispararam, pegando de surpresa muitas empresas grandes, quanto mais empresas de abrangência local. 

De acordo com dados da Coresight Research (via Mundo do Marketing), nos Estados Unidos, quase metade dos consumidores (47%) disseram que estão evitando comprar em shoppings e 32% estão evitando lojas físicas (de rua). Se a epidemia se agravar, 74% disseram que se afastariam completamente dos shoppings e 52% deixariam de comprar em lojas de rua. Isso tem aumentado a procura de lojas virtuais especializadas em produtos de necessidades básicas presentes no dia a dia. 

No cenário local, cabe a nós (profissionais de marketing e publicidade) apoiarmos a comunidade local com informações relevantes para criação de conteúdos de multiplataformas, auxiliar na mudança da venda física para a digital, iniciarmos grupos no WhatsApp e etc, tudo o que a criatividade permitir nesse momento. 

Somente criando pontes e diminuindo as distâncias é que os consumidores se lembrarão das marcas e profissionais em um futuro próximo, quando tudo isso passar. E vai passar! 

Que tal começarmos, agora mesmo, a fazer a diferença no comércio local?

opinião.