O Marketing morreu. E agora?

11 | 08 | 2020
Oscar Fujita
Oscar Fujita

Paramuitos o Marketing morreu juntamente com a falência e o desaparecimento deinúmeras empresas nesta pandemia. E por que morreram ou desapareceram? Comcerteza um “case” que merece estudoaprofundado por nós acadêmicos e pesquisadores desta área.

Souadepto de que atualmente não podemos mais fazer diferenciações entre oMarketing tradicional (OFF) e Marketing Digital (ON). Portanto, vou nomearapenas de Marketing.

Aprimeira questão é tentar entender porque as pessoas compram. Compram pornecessidade, por emoção, para comemorar uma conquista, por inclusão social,pelo puro e simples desejo de ter algo, por status, por prazer e pela incrível,pasmem vocês, inveja. Reflitam comigo: quantos destes aspectos se perderam napandemia? Muitos não?

A segundaquestão é tudo hoje tem que ser muito imediatista: o melhor, mais moderno, maisrápido, mais barato, mais quente, mais frio, mais gostoso, mais seguro, maiscordial, mais elegante, mais durável, mais confortável, o mais relaxante, menosestressante, mais saudável, mais refinado... Sim, tudo tem que ser “fast”.Novamente a reflexão: quem estava preparado para tudo isto? Poucos não?

Algunsindicadores podem subsidiar minha afirmação: 96% dos compradores pesquisam deforma online antes de comprar em uma loja física, 92% gastam mais tempopesquisando online sobre um produto/serviço antes de ir pessoalmente em umaloja física, 87% checam de forma online se a loja física possui o produto quequerem comprar, 66% já compraram online e retiraram na loja física (que é umaforte tendência) e 93% compram online para não precisarem ir a uma loja física.

Diantedeste cenário, percebemos que o Marketing morreu nestas empresas porque nãoestavam preparados para este momento e para os próximos que seguirão. Cito aletra da música que Lulu Santos canta: “nadado que foi será do jeito que já foi um dia”. Percebemos claramente que afalta de Planejamento Estratégico empresarial e também em Marketing tem feitotoda a diferença na sobrevivência delas. Um exemplo simples desta falta deplanejamento e organização, que estamos passando neste momento, é que grandeparte destas empresas que encerraram suas atividades não possuíam sequer um CRMadequado. Com a pandemia, a pergunta que ficou no ar foi “como vou contatar com o meu cliente se eu não sei nada sobre ele”.Saber o perfil do cliente como por exemplo: onde mora, sua renda, sexo, idade, graude escolaridade, quantidade de vezes já comprou na empresa e ainda, podemosseguir de forma mais aprofundada determinando o seu “persona” como seus anseios,suas ideologias, seus hobbies entre outros.

OMarketing não morreu e jamais morrerá, pois agora, mais do que nunca, o Marketingse tornará uma das principais ferramentas neste novo tempo para as empresas quequerem se tornar prósperas e saudáveis. A tecnologia e a inovação serãoquesitos incontestáveis de sobrevivência e a resiliência empresarial deveimperar. Bem-vindos ao normal.

opinião.