Quem assistiu Wandinha no Netflix percebeu que seu sucesso não é à toa. A mistura de thriller com comédia em um ambiente que envolve adolescentes de um colégio assustador (Nevermore) de uma pequena cidade do interior, está deixando novos fãs pelo mundo inteiro.
Mas esse sucesso não acontece por acaso, Wandinha (nome adaptado de Wednesday – quarta feira em inglês), traz consigo a influência e a nostalgia presentes na inconfundível marca da “Família Adams”. Marca que assusta e diverte famílias desde 1930, criado pelo cartonista norte-americano Charles Addams.
Ao falarmos do ponto de vista do Marketing, o ‘case’ Wandinha se ampara em um branding fortíssimo, impregnado no referencial afetivo da cultura americana (e dos brasileiros também – devido às obras do cinema), além de trazer questões sociais e pautas atuais, que aproximam do público-alvo.
Sim, Wandinha Addams se tornou um ícone POP e dá uma aula de Marketing e Publicidade. Vamos a alguns pontos importantes:
- Seu nome tem um significado sinistro. Seu nome em inglês (Wednesday) quer dizer quarta-feira, e isso faz referência ao dia da semana que a personagem nasceu (considerado, pela tradição, um dia ruim para se nascer);
- Possui poderes sobre-humanos. Assim como um tipo de super-herói, traz consigo força sobrenatural e poder de adivinhar o futuro;
- Sua linguagem acompanha os tempos e tendências atuais, se comunicando com adolescentes e jovens; sendo também um seriado para ser assistido, inclusive, com a família.
É fato que, diante desse fenômeno de audiência, algumas perguntas pairam no ar:
- Qual o valor da marca ‘Família Addams’?
- Por que a maioria das produções atuais de grande sucesso se apoiam em produções já consagradas?
- O que isso nos ensina como profissionais de Marketing e Comunicação?
Irônica, excluída e icônica, Wandinha Addams redefine o que significa ser estranha e querida ao mesmo tempo, ganhando status de nossa nova malvada favorita.